sábado, 17 de maio de 2014

Como a ciência pode influenciar positivamente no seu aprendizado

por Paulo Ribeiro,
Especialista em Aprendizado
e autor do livro
"Os 7 Pilares do Aprendizado:
Usando a Ciência Para Aprender Mais e Melhor"


A era da informação acarretou em um aumento na demanda de aprendizado. Primeiro, houve um crescimento na quantidade de informações que precisamos processar diariamente — de acordo com um estudo feito pela Universidade do Sudeste da Califórnia, somos expostos a quatro vezes mais informações do que há 30 anos. Segundo, a competição crescente no mercado de trabalho exige aprendizado constante.
Isso se inicia cedo em nossas vidas, quando temos que passar em um vestibular, continua na faculdade e também está presente quando já somos profissionais, na busca por uma certificação, preparação para concursos públicos ou no estudo de uma língua estrangeira. Isso nos mostra que partes cada vez mais importantes de nossas vidas dependem do aprendizado.
Ainda assim, como sociedade, nós ainda não aprendemos de modo eficiente. O que mudou na forma de estudo nos últimos 10 anos? 50 anos? 500 anos? Praticamente nada. Estudamos do modo como aprendemos com nossos pais, colegas de classe e professores, usando o processo do jeito que eles sempre fizeram. Podemos ter acesso a mais conteúdo, especialmente os multimídias por meio da internet, contudo, na hora de estudar, há algo diferente do “feijão com arroz”: leitura, decoreba e exercícios?
Um dos motivos para fazermos as coisas do jeito que sempre fizemos é que seres humanos não são automaticamente estratégicos. Em termos evolutivos, nosso cérebro está perfeitamente adaptado à realidade de 10/20 mil anos atrás: caça, defesa contra animais selvagens e vida na floresta. Não é nosso estado natural planejar a melhor maneira de realizar cada atividade; por isso, se agimos sem pensar a respeito, obtemos resultados longe dos melhores possíveis e não nos questionamos como melhorar. Isso é o que se passa com o aprendizado. Não fomos treinados a buscar o modo ótimo de aprender, por isso nos limitamos a utilizar métodos antiquados e, francamente, de baixos resultados.
Percebi isso cedo, e desde então, tenho aplicado princípios de aprendizado em diversas áreas da minha vida, o que serviu para abrir várias oportunidades para mim. Quem sabe, algumas dessas metodologias também não se mostram eficazes para você? A ciência está aí e mostra que elas são eficazes para todos. Separei três métodos importantes para melhorar o aprendizado.
O primeiro: entenda como a mente guarda informações. Muitas pessoas sentem dificuldade no aprendizado devido ao “decoreba”. Existe, em muita gente, a dificuldade de fazer o “conteúdo entrar na cabeça”, e isso acontece porque falta o entendimento sobre como a mente armazena as coisas. Quando você entende esse processo, enxerga como a decoreba é ineficiente. E o que é eficiente? Esqueça a repetição simples, o ideal é a associação de idéias, o entendimento real do que se está estudando e o estudo “visual” – criar imagens mentais para guardar informações ajuda já que nossa memória para imagens é bastante superior. A utilização de músicas, siglas e frases que facilitem o armazenamento também são muito válidos.
O segundo método é descobrir a melhor forma de ler. Entenda que ler mais rápido não vai resolver seu problema de aprendizado. Ninguém passa na faculdade ou ganha uma vaga de concurso porque leu mais rápido. Se sua compreensão não melhora, ler mais rápido é algo inútil. Além disso, você ganha muito mais tempo escolhendo ler apenas o que é importante (para isso, treine identificar a argumentação e os fatos importantes no que está sendo lido).
O terceiro método é decidir o que estudar – e não apenas como estudar. É preciso saber se organizar, escolher o que estudar primeiro, dividir o objeto em pequenos passos.

fonte: Toda Comunicação

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