por Paulo Ribeiro,
Especialista em Aprendizado
e autor do livro
"Os 7 Pilares do
Aprendizado:
Usando a Ciência Para Aprender Mais e Melhor"
A era da informação acarretou em um aumento
na demanda de aprendizado. Primeiro, houve um crescimento na
quantidade de informações que precisamos
processar diariamente — de acordo com um estudo
feito pela Universidade do Sudeste da Califórnia,
somos expostos a quatro vezes mais informações
do que há 30 anos. Segundo, a
competição crescente no mercado de trabalho
exige aprendizado constante.
Isso se inicia cedo em nossas vidas, quando temos que
passar em um vestibular, continua na faculdade e
também está presente quando já somos
profissionais, na busca por uma certificação,
preparação para concursos públicos ou
no estudo de uma língua estrangeira. Isso nos mostra
que partes cada vez mais importantes de nossas vidas
dependem do aprendizado.
Ainda assim, como sociedade, nós ainda
não aprendemos de modo eficiente. O que mudou na
forma de estudo nos últimos 10 anos? 50 anos? 500
anos? Praticamente nada. Estudamos do modo como aprendemos
com nossos pais, colegas de classe e professores, usando o
processo do jeito que eles sempre fizeram. Podemos ter
acesso a mais conteúdo, especialmente os
multimídias por meio da internet, contudo, na hora de
estudar, há algo diferente do “feijão
com arroz”: leitura, decoreba e
exercícios?
Um dos motivos para fazermos as coisas do jeito que
sempre fizemos é que seres humanos não
são automaticamente estratégicos. Em termos
evolutivos, nosso cérebro está perfeitamente
adaptado à realidade de 10/20 mil anos atrás:
caça, defesa contra animais selvagens e vida na
floresta. Não é nosso estado natural planejar
a melhor maneira de realizar cada atividade; por isso, se
agimos sem pensar a respeito, obtemos resultados longe dos
melhores possíveis e não nos questionamos como
melhorar. Isso é o que se passa com o aprendizado.
Não fomos treinados a buscar o modo ótimo de
aprender, por isso nos limitamos a utilizar métodos
antiquados e, francamente, de baixos resultados.
Percebi isso cedo, e desde então, tenho aplicado
princípios de aprendizado em diversas áreas da
minha vida, o que serviu para abrir várias
oportunidades para mim. Quem sabe, algumas dessas
metodologias também não se mostram eficazes
para você? A ciência está aí e
mostra que elas são eficazes para todos. Separei
três métodos importantes para melhorar o
aprendizado.
O primeiro: entenda como a mente guarda
informações. Muitas pessoas sentem dificuldade
no aprendizado devido ao “decoreba”. Existe, em
muita gente, a dificuldade de fazer o “conteúdo
entrar na cabeça”, e isso acontece porque falta
o entendimento sobre como a mente armazena as coisas. Quando
você entende esse processo, enxerga como a decoreba
é ineficiente. E o que é eficiente?
Esqueça a repetição simples, o ideal
é a associação de idéias, o
entendimento real do que se está estudando e o estudo
“visual” – criar imagens mentais para
guardar informações ajuda já
que nossa memória para imagens é bastante
superior. A utilização de músicas,
siglas e frases que facilitem o armazenamento também
são muito válidos.
O segundo método é descobrir a melhor forma
de ler. Entenda que ler mais rápido não vai
resolver seu problema de aprendizado. Ninguém passa
na faculdade ou ganha uma vaga de concurso porque leu mais
rápido. Se sua compreensão não
melhora, ler mais rápido é algo
inútil. Além disso, você ganha
muito mais tempo escolhendo ler apenas o que é
importante (para isso, treine identificar a
argumentação e os fatos importantes no que
está sendo lido).
O terceiro método é decidir o que estudar
– e não apenas como estudar. É preciso
saber se organizar, escolher o que estudar primeiro, dividir
o objeto em pequenos passos.
fonte: Toda Comunicação
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