A exploração sexual de meninas no Ceará e o impacto da Copa do Mundo
em relação ao problema foram temas de reportagem para a Agência Pública,
mas, dessa vez, em edição inédita. Divida em cinco capítulos, a matéria
foi escrita em quadrinhos. O projeto foi premiado pelo Prêmio Tim Lopes
de Jornalismo. “Nosso objetivo é justamente buscar novas formas de
fazer jornalismo para que histórias tão importantes quanto essas cheguem
ao máximo de pessoas possível. É nossa missão como agência de
reportagens investigativas”, explicou a codiretora da Agência Pública,
Natalia Viana.
É a primeira vez que a agência aposta nesse modelo de matéria. Para
realizar o trabalho, a equipe de reportagem e de quadrinistas percorreu
quilômetros de estradas, visitando Fortaleza, Canoa Quebrada e São
Gonçalo do Amarante, e apurou como funciona a rede de exploração, que
envolve menores de idade e estrangeiros.
Assinado pelo quadrinista Alexandre De Maio e pela repórter Andrea
Dip, os textos apresentam relatos de especialistas, fontes oficiais,
moradores, meninas abrigadas, mulheres adultas em situação de
prostituição, contextualização da situação no Ceará e trechos em
primeira pessoa, com a visão dos jornalistas em relação à apuração e
situação do local. O resultado revela, segundo a agência, "a existência
de uma grande teia de exploração sexual de meninas, além do registro do
despreparo e a falta de estrutura dos órgãos oficiais para lidar com a
ameaça de abuso sexual". A reportagem pode ser lida no site da Agência
Pública.
Reportagem ganhou Prêmio Tim Lopes de Jornalismo (Imagem: Reprodução/Agência Pública)
fonte: Portal Comunique-se
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