terça-feira, 30 de setembro de 2014

Cuidado, Flávio Dino! - número 01

Em meio às comemorações a cerca da vitória de Flávio Dino (PCdoB), muita euforia e gritaria, com gente ficando rouca e deixando meio mundo surdo. Pura felicidade! Vamos acordar para a realidade agora?
Flávio Dino tem todo direito de festejar o tento conseguido na noite deste domingo. Afinal de contas, pela “primeira vez”, um oposicionista consegue desbancar o candidato do grupo Sarney ao Governo do Maranhão. Porém, Flávio deve se preocupar, a partir de agora, com a formação do seu time. Bem antes das eleições, já circulavam nas redes sociais possíveis nomes a assumir secretarias. Alguns dos nomes já suspeitos de muito tempo; outros, uma surpresa. Até nomes indesejáveis apareceram. São políticos e/ ou ex-gestores que já deram mostra de sua incompetência e incapacidade de gerir bem e com responsabilidade o que é público. Basta olhar para trás e ver o estrago feito por eles (direta ou indiretamente).
Quem não lembra os escândalos provocados dentro da Secretaria de Esportes e Juventude? Foram tantos que o ex-secretário Wevérton Rocha (PDT) teve que se esconder como assessor especial de um dos principais ministros do governo Lula. Este mesmo cidadão – para quem não sabe – trava uma briga particular com o deputado estadual Roberto Costa (PMDB). As pendengas entre os dois começaram ainda dentro dos movimentos estudantis que, em São Luís, sempre foram controlados pela juventude oposicionistas ao Estado – no caso, o PDT. Após a cassação de Jackson Lago (+2011) e a consequente posse de Roseana Sarney (PMDB), Roberto Costa assumiu a SESPEJUV. Ele “descobriu” um rombo milionário na pasta, algo que teria sido feito por Wevérton. Mas nunca se viu provas. Suponho que mais de uma mão tenha sido metida na cumbuca do povo. Na briga das vaidades juvenis que em nada ajudam a juventude, faltou dinheiro e ninguém sabe para onde foi. O Costa Rodrigues ainda está aí, parado, sem conclusão. Obra iniciada por Wevérton. Mas, se Flávio quiser fazer voltar o velho ginásio o quanto antes, melhor não dar essa responsabilidade de novo para o pedetista. Wevérton já mostrou inoperância e falta de eficiência como gestor. Melhor não arriscar de novo, Flávio! Tente outro. Melhor: não deixe como cota do PDT. O partido foi corroído após a morte do velho Jackson. O “Doutor” deixou ensinamentos, mas que foram perdidos e negligenciados pelos seus seguidores. O PDT do Maranhão morreu e esqueceram de avisar. Dar qualquer secretaria importante para eles é suicídio.
Como militante da juventude, digo e reclamo a você, Flávio Dino: não jogue a Secretaria de Juventude para o PDT. Converse com outros aliados. Convide para a mesa de diálogo. Dentro do próprio PCdoB pode encontrar uma alternativa positiva. Quem sabe no PSB. Mas, por favor, evite o PDT. O partido dito democrático e dito trabalhista não merece.

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Pegou mal, Governadora!

Em evento de uma fábrica de refrigerantes, a governadora Roseana Sarney (PMDB) disse não ter medo de bandidos e que nem tem medo do que eles estão fazendo. Sim, palavras dela. Quanta coragem demonstrou a senhora governadora. Ela só esquece de uma coisa. Ela carrega nos ombros (é o que todo maranhense pensa, né?) o peso de ser a chefe de um Estado e, como tal, receber proteção privilegiada. Ela tem direito a policiais militares, os melhores, dentro e fora do Palácio dos Leões e a acompanhando onde for.
A governadora Roseana esquece também que, por ordem dela ou de quem quer que seja, o Palácio dos Leões está inacessivel. Nós, que fazemos a imprensa, somos barrados pela guarda de campana na frente do portão de acesso de veículos. Não podemos ultrapassar aquelas ridículas e desagradáveis grades de ferro, senão seremos obrigados a sair... à força. Imagine, você, a dificuldade que é para cinegrafistas e fotógrafos fazerem imagens panorâmicas sem deixar passar essas estruturas grosseiras.
É senhora governadora! quem deveria dizer isso (não tenho medo), não diz. E sabe porquê? Porque está acuado dentro de casa, se escondendo do marginal, olhando para todos os lados para não ser assaltado, se trancando o final de semana inteiro por medo até de ir na casa do vizinho e ser alvo de alguma atrocidade; porquê chega na parada de ônibus e não sabe se sobe ou não, se vai chegar até o destino final ou não, se vai ter que descer forçadamente no meio do caminho ou não, se vai optar por voltar a pé ou não.
Deixe-me concordar com a governadora. Ela não tem medo. Mas não deveria ser os bandidos que ela deveria citar, mas sim de que não tem medo de falar tanta coisa sem nexo com a realidade dela.
É difícil aceitar e muito mais assumir, mas faça isso, senhora! Assuma que a senhora tem medo e que a responsabilidade é sua. Será mais fácil sair com honradez e pensando na própria segurança.

Marcelo D2 e São Luís

A música escrita por  Arlindo Cruz, Franco e Acyr Marques ganhou repercussão na voz de Marcelo D2. Ora acompanhado por Arlindo Cruz, ora por Rappin Hood e também Leandro Sapucahy. Independente disso, a letra reflete um pouco da realidade triste e sofrida vivida em São Luís.
Analise a letra (não estamos afirmando que seja justamente igual, mas há similaridades):

É isso aí D2...o momento é de caos
A população tá bolada.. muito bolada

Eu também tô bolado parceiro...

Numa cidade muito longe, Muito longe daqui
Que tem problemas que parecem Os problemas daqui
Que tem favelas que parecem As favelas daqui

Existem homens maus Sem alma e sem coração
Existem homens da lei Com determinação
Mais o momento é de caos Porque a população
Na brincadeira sinistra De polícia e ladrão
Não sabe ao certo quem é Quem é herói ou vilão
Não sabe ao certo quem vai Quem vem na contramão
É, não sabe ao certo quem é Quem é herói ou vilão
Não sabe ao certo quem vai Quem vem na contramão

Porque tem homem mal Que vira homem bom
Porque tem homem mal Que vira homem bom
Quando ele banca o remédio Quando ele compra o feijão
Quando ele tira pra dá Quando ele dá proteção

Porque tem homem da lei Que vira homem mal
Porque tem homem da lei Que vira homem mal
Quando ele vem pra atirar Quando ele caga no pau
Quando ele vem pra salvar E sai matando geral

É parceiro E aí é que a chapa esquenta
É nessa hora que a gente vê quem é fiel
Mas tanto lá como cá Ladrão que rouba ladrão
Não tem acerto, é pedir terror Não tem perdão
Quem fala muito é X-9 E desses a gente tem de montão
Mas o X do problema Tá na corrupção
Um dia, o bicho pegou O coro comeu
Polícia e bandido bateram de frente, E aí meu cumpadre
Aí tu sabe Aí foi chapa quente, chapa quente...

Bateu de frente Um bandido e um Sub-tenente lá do batalhão
Foi tiro de lá e de cá Balas perdidas no ar
Até que o silêncio gritou Dois corpos no chão, que azar
Feridos na mesma ambulância Uma dor de matar
Mesmo mantendo a distância Não deu pra calar

Polícia e bandido trocaram farpas
Farpas que pareciam balas
E o bandido falou:
Você levou tanto dinheiro meu Agora vem querendo me prender
E eu te avisei você não se escondeu Deu no que deu E a gente tá aqui Pedindo a Deus pro corpo resistir Será que ele tá afim de ouvir? Você tem tanta bazuca, Pistola, fuzil, granada Me diz pra que tu Tem tanta munição?

É que além de vocês Nóis ainda enfrenta Um outro comando, outra facção Que só tem alemão sanguinário Um bando de otário Marrento, querendo mandar
Por isso que eu tô bolado assim Eu também tô bolado sim
É que o judiciário tá todo comprado E o legislativo tá financiado
E o pobre operário Que joga seu voto no lixo Não sei se por raiva
Ou só por capricho Coloca a culpa de tudo Nos homens do camburão Eles colocam a culpa de tudo Na população

(E o bandido...)
E se eu morrer vem outro em meu lugar
(Polícia...)
E se eu morrer vão me condecorar
E se eu morrer será que vão chorar?
E se eu morrer será que vão lembrar?
E se eu morrer... (já era)
E se eu morrer E se eu morrer... (foi!)
E se eu morrer

Chega de ser subjulgado Subtraído, um subandido de um
Sublugar, subtenente de um Subpaís, um subinfeliz, subinfeliz..

LaiálaiálaiálaiálaiáLaiálaiá
Subjulgado, subtraído, Um subandido de um sublugar, Subtenente de um subpaís, Um subinfeliz..

Mas essa história Eu volto a repetir

Aconteceu numa cidade Muito longe daqui
Numa cidade muito longe, Muito longe daqui
Que tem favelas que parecem As favelas daqui
E tem problemas que parecem Os problemas daqui
Daqui
Daqui
Daqui

É isso aí Sapucahy.. Polícia ou bandido? Vai saber, né?