segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Barulho de carros de campanha são um incômodo na Avenida Litorânea

Ir à praia no final de semana – em especial, no domingo – parece ser um programa fadado ao desagrado. Isso porque existe uma infinidade de carros de som a postos para tirar do sério o cidadão que só quer se divertir.
Em uma rápida passagem pela Avenida Litorânea, presenciamos vários carros de som, trios elétricos e carros pequenos adaptados fazendo muito barulho – fato esse que se repetiu nos dois dias.
No sábado, ao acompanhar um ato promovido por uma escola particular de São Luís, onde a temática era a busca pela paz, a paz de quem passava pela via foi tirada pela insensatez dos condutores de carros de som. A cada um minuto – isso mesmo, não é força de expressão – passava um carro com um desses jingles abusivos. A animação da caminhada, que vinha de cima de um trio elétrico – esse compreensivo – era atrapalhada por outros tantos carros barulhentos. O final da caminhada aconteceu no parquinho da Avenida Litorânea, onde houve um momento de discursos e reflexões. O mais interessante – em minha opinião – seria o momento das crianças colocarem suas idéias, seus pensamentos a respeito do que é a paz e como alcançá-la. Mas não pude ouvir os pequeninos e as pequeninas porque o barulho que vinha da pista de rolamento de veículos era maior que o som expelido pela caixa de som amplificado.
No domingo, voltei à avenida para uma simples e pura constatação. Andei, a pé, do trecho do prolongamento até as proximidades do parquinho – mesmo trecho da caminhada no dia anterior. E o que vi foi bem pior. Se no sábado os carros passavam de um em um minuto, no domingo, eles estavam a todo momento por perto. E se confundiam. Por vezes, passavam lado a lado. Você ouvia um jingle começando e escutava outro terminando. Se estivesse em uma boate, entenderia como mixagem; mas não era.
Quem mais tem reclamado são os donos de bares e restaurantes. O número de freqüentadores caiu, pois a pasmaceira é geral. Alguns deles colocaram as caixas de som dos estabelecimentos voltadas para a praia, pois os poucos freqüentadores estão ficando nas areias.
Ainda faltam pouco mais de três semanas para a campanha nas ruas cessarem. Até lá, os prejuízos nos bares e restaurantes da Avenida Litorânea vão se acumulando, porque muito barulho ainda pode acontecer. Pode. Mas se alguém intervir, algum órgão regulador, pode ser que as coisas melhorem.

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