quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Pedrinhas, o caldeirão que não pára de ferver

Os fatos dentro Complexo Penitenciário de Pedrinhas surgem como durante a maré alta. Mais: são como os buracos nas ruas e avenidas da cidade, que estouram a qualquer momento e em qualquer lugar. Dois fatos, em menos de 24 horas, eclodiram mais uma bomba no falido sistema prisional do Maranhão.
Ontem, ao realizar uma revista no Centro de Detenção Provisória (CDP), agentes e policiais encontraram a seguinte quantidade de materiais: 07 pedaços de ferro, 22 celulares, 04 chips, 54 bombinhas de maconha, 350g de maconha, 04 munições para revolver calibre 38, 01 revólver Taurus oxidado com capacidade 06 tiros, 01 algema, 20 pedaço de serra, 09 baterias de celular, 03 tesouras, 63 facas, 19 carregadores de celular e 02 fones Bluetooth.
A quantidade de material apreendido dá a verdadeira noção de quanto é fácil entrar com algo naquele “hotel do crime”.
E como é fácil sair dele também. Na madrugada desta quarta-feira (uma semana depois da fuga em massa), 30 detentos – ainda não-confirmado – fugiram do Presídio São Luís I, através de um túnel cavado dentro de uma das celas. O Sindicato dos Agentes penitenciários fala em fuga de dez a quinze. A quantidade, nesse momento, é o que menos importa. O fato é que quem tem atentado contra a sociedade está encontrando facilidades para se livrar da pena. Em alguns casos, com a “mão amiga” do sistema; em outros, com a debilidade do sistema.
Enquanto isso, o Comitê Gestor Integrado... Quem sabe o que eles estão fazendo?

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