segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Marcelo D2 e São Luís

A música escrita por  Arlindo Cruz, Franco e Acyr Marques ganhou repercussão na voz de Marcelo D2. Ora acompanhado por Arlindo Cruz, ora por Rappin Hood e também Leandro Sapucahy. Independente disso, a letra reflete um pouco da realidade triste e sofrida vivida em São Luís.
Analise a letra (não estamos afirmando que seja justamente igual, mas há similaridades):

É isso aí D2...o momento é de caos
A população tá bolada.. muito bolada

Eu também tô bolado parceiro...

Numa cidade muito longe, Muito longe daqui
Que tem problemas que parecem Os problemas daqui
Que tem favelas que parecem As favelas daqui

Existem homens maus Sem alma e sem coração
Existem homens da lei Com determinação
Mais o momento é de caos Porque a população
Na brincadeira sinistra De polícia e ladrão
Não sabe ao certo quem é Quem é herói ou vilão
Não sabe ao certo quem vai Quem vem na contramão
É, não sabe ao certo quem é Quem é herói ou vilão
Não sabe ao certo quem vai Quem vem na contramão

Porque tem homem mal Que vira homem bom
Porque tem homem mal Que vira homem bom
Quando ele banca o remédio Quando ele compra o feijão
Quando ele tira pra dá Quando ele dá proteção

Porque tem homem da lei Que vira homem mal
Porque tem homem da lei Que vira homem mal
Quando ele vem pra atirar Quando ele caga no pau
Quando ele vem pra salvar E sai matando geral

É parceiro E aí é que a chapa esquenta
É nessa hora que a gente vê quem é fiel
Mas tanto lá como cá Ladrão que rouba ladrão
Não tem acerto, é pedir terror Não tem perdão
Quem fala muito é X-9 E desses a gente tem de montão
Mas o X do problema Tá na corrupção
Um dia, o bicho pegou O coro comeu
Polícia e bandido bateram de frente, E aí meu cumpadre
Aí tu sabe Aí foi chapa quente, chapa quente...

Bateu de frente Um bandido e um Sub-tenente lá do batalhão
Foi tiro de lá e de cá Balas perdidas no ar
Até que o silêncio gritou Dois corpos no chão, que azar
Feridos na mesma ambulância Uma dor de matar
Mesmo mantendo a distância Não deu pra calar

Polícia e bandido trocaram farpas
Farpas que pareciam balas
E o bandido falou:
Você levou tanto dinheiro meu Agora vem querendo me prender
E eu te avisei você não se escondeu Deu no que deu E a gente tá aqui Pedindo a Deus pro corpo resistir Será que ele tá afim de ouvir? Você tem tanta bazuca, Pistola, fuzil, granada Me diz pra que tu Tem tanta munição?

É que além de vocês Nóis ainda enfrenta Um outro comando, outra facção Que só tem alemão sanguinário Um bando de otário Marrento, querendo mandar
Por isso que eu tô bolado assim Eu também tô bolado sim
É que o judiciário tá todo comprado E o legislativo tá financiado
E o pobre operário Que joga seu voto no lixo Não sei se por raiva
Ou só por capricho Coloca a culpa de tudo Nos homens do camburão Eles colocam a culpa de tudo Na população

(E o bandido...)
E se eu morrer vem outro em meu lugar
(Polícia...)
E se eu morrer vão me condecorar
E se eu morrer será que vão chorar?
E se eu morrer será que vão lembrar?
E se eu morrer... (já era)
E se eu morrer E se eu morrer... (foi!)
E se eu morrer

Chega de ser subjulgado Subtraído, um subandido de um
Sublugar, subtenente de um Subpaís, um subinfeliz, subinfeliz..

LaiálaiálaiálaiálaiáLaiálaiá
Subjulgado, subtraído, Um subandido de um sublugar, Subtenente de um subpaís, Um subinfeliz..

Mas essa história Eu volto a repetir

Aconteceu numa cidade Muito longe daqui
Numa cidade muito longe, Muito longe daqui
Que tem favelas que parecem As favelas daqui
E tem problemas que parecem Os problemas daqui
Daqui
Daqui
Daqui

É isso aí Sapucahy.. Polícia ou bandido? Vai saber, né?

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