quinta-feira, 17 de abril de 2014

Estrangeiros que vão cobrir a Copa fazem curso para atuar em “zonas de conflito”

Por causa das recentes manifestações e o número de vítimas, que coloca na lista diversos profissionais de imprensa, as empresas estrangeiras de comunicação estão treinando as equipes que vão cobrir a Copa no Brasil para lidar com situações de conflito. As informações são do blogueiro do Estadão, Jamil Chade.
--------violenciaprotestoManifestantes colocaram fogo em caixas de papelão durante protesto
(Imagem: Daniel Teixeira/Agência Estado)
De acordo com ele, fontes contaram sobre os treinamentos, mas pediram para que o nome da agência não fosse divulgado. O curso aplicado aos jornalistas esportivos é similar ao que é oferecido para repórteres que vão cobrir pautas em locais de guerra, como Iraque e Afeganistão.
"Outros grupos de imprensa, principalmente da Europa, também já reservaram o treinamento para seus jornalistas esportivos. Durante a Copa das Confederações, certas emissoras tiveram de sair às ruas com a ajuda de seguranças", explicou.
Situação brasileira
Em fevereiro deste ano, um protesto contra a Copa do Mundo no Brasil terminou com 14 jornalistas agredidos, de acordo com informações da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji). O ato foi realizado na região central de São Paulo e contou com mais de 100 integrantes da chamada “tropa do braço” da Polícia Militar.
De acordo com o levantamento da entidade, os acontecimentos fizeram com que chegassem a 57 os casos de agressões e detenções de jornalistas. O número registra apenas a violência cometida por policiais e passou a ser contabilizada desde as manifestações ocorridas no primeiro semestre do ano passado. A Abraji ainda salienta que a maioria das agressões (56%) ocorreu mesmo com o profissional da imprensa se identificando como tal.

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