Comemorado em 13 de abril, o Dia do Jovem traz muitas questões à tona, entre elas as cirurgias plásticas entre jovens.
A cada ano que passa, o número de pacientes
menores de idade que procuram o auxílio da cirurgia
plástica para se sentirem melhores só aumenta.
Prova disso são os números: nos últimos
quatro anos, o número de cirurgias plásticas
em jovens de 14 à 18 anos aumentou em 141%. Dados da
Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP)
mostram que o número de procedimentos nesta faixa
etária passou de 6% para 10% no mesmo período,
e, dentre as cirurgias mais procuradas, a
lipoaspiração é a preferida pelas
meninas, enquanto os garotos se submetem mais à
ginecomastia (redução das mamas).
O Dr. Alderson Luiz Pacheco, cirurgião
plástico da Clínica Michelangelo, de Curitiba
– PR comenta que o período da
adolescência não é fácil e que
qualquer sinal que mostre que o jovem está
“fora dos padrões de beleza”
convencionais, pode resultar em problemas mais sérios
com o passar do tempo. “Posso citar desde
questões mais comuns, como a acne, até a
questão física, já que é nessa
fase que as mulheres encorpam e os meninos às vezes
sofrem com a ginecomastia (aumento das mamas). Isso pode
fazer com que os jovens se sintam infelizes com a sua
aparência e desejem, mesmo que de forma sutil,
mudá-la”, explica.
Na adolescência, a ginecomastia pode acometer 50%
dos meninos em determinado momento do seu desenvolvimento, e
esse é o procedimento mais comum realizado entre
eles. “A cirurgia corrige as glândulas
mamárias demasiadamente desenvolvidas e é
bastante indicada, pois permite que o adolescente pare de se
sentir humilhado ou com vergonha e sinta-se
‘normal’, como os outros meninos da sua idade,
sensação importante – principalmente
quando se está nessa faixa etária”
exalta. Outras cirurgias bastante procuradas são a
correção da orelha de abano e rinoplastia,
empregada para melhorar o aspecto estético do nariz e
a qualidade da respiração.
No caso das meninas existem cirurgias que podem
influenciar diretamente a sua saúde, como a
mamoplastia. “O tamanho exagerado das mamas pode gerar
sérios problemas na coluna caso a cirurgia seja feita
muito tardiamente. Além disso, existe toda a
questão da autoestima da menina, que pode se sentir
envergonhada por ter seios muito grandes para a sua
idade”, diz Pacheco. Além da mamoplastia, as
outras cirurgias mais realizadas são a
lipoaspiração e os implantes nos seios, que,
assim como a mamoplastia, só deve ser realizado
quando a menina já tiver os seios totalmente
formados.
Mas nem sempre a saúde é o motivo que leva
os adolescentes a procurarem um cirurgião: a
estética é a razão que leva 60% dos
pacientes a enfrentar um bisturi no
Brasil. “Porém, é sempre importante
lembrar para as meninas (principalmente), que as cirurgias
que mexem diretamente com o corpo, como a
lipoaspiração, por exemplo, só devem
ser feitas quando o corpo já estiver todo formado, e
não em formação,” ressalta o
especialista.
É sempre muito importante ressaltar que, antes de
se submeter a qualquer cirurgia, é preciso que os
pais conversem de forma clara e franca com os filhos.
“Antes da cirurgia, os pais devem entender o que levou
o jovem a procurar pela cirurgia. Ela deve ser um
auxílio, e não uma forma de mascarar um
problema emocional, e isso é algo comum”,
explica.
Porém, se a conversa corre bem e é decidido
pelo procedimento, as cirurgias são feitas da mesma
forma que são realizadas em adultos. “Do ponto
de vista cirúrgico, pode-se dizer que os jovens
são os pacientes com o menor risco, e, em geral,
têm recuperação mais rápida. Por
isso, não devem existir maiores riscos”,
conclui.
Doutor Alderson Luiz
Pacheco (CRM-Pr 15715) - Cirurgião
Plástico
fonte: Toda Comunicação
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