sábado, 22 de março de 2014

Quando o trânsito complicado é piorado pelas autoridades

Inegavelmente, os condutores de veículos de São Luís são extremamente deselegantes e mal-educados. E isso não me exclui. Por vezes, eu já xinguei, berrei, cometi uma ou outra infração, mas nada que colocasse a vida de outras pessoas em risco. Em vários trechos da cidade, o que vemos é um pedaço da Babel por aqui, porque cada um fala uma língua, defende seu interesse e pouco se chega a entendimentos. Às vezes, isso acontece de quem deveria dar exemplo. Esta semana mesmo, uma moto-escola passou cortando o trânsito e buzinando contra os motoristas que eu pensei que o Código Brasileiro de Trânsito tinha mudado para radicalidade. E teve também um instrutor em seu carro vermelhinho com faixa amarela indicando AUTO-ESCOLA, que resolveu cortar todos no sinal. Ele era o cúmulo da impaciência, pois o sinal nem havia ficado verde direito e ele já estava buzinando alucinadamente para os outros andarem. Isso aconteceu no João Paulo.
Nenhum outro trecho provoca mais confusão nesta cidade que a Avenida João Pessoa ou São Marçal, que se estende desde o Viaduto do Café até a rotatória que deságua no Bairro do Fátima ou Apeadouro. O ponto mais crítico, lógico, fica nas proximidades da feira do João Paulo, onde vendedores ambulantes e lojistas tomam conta das calçadas, os transeuntes tomam conta da pista e os carros e motos se atropelam em uma interminável briga por espaço. O meio-fio chega a fazer o papel de juiz, para impedir que mais brigas aconteçam.
Mas gostaria de chamar atenção para quando as autoridades fazem questão de complicar ainda mais. Ao longo da referida avenida, existiam 13 retornos. Isso mesmo. 13 retornos. Alguns funcionavam de forma regular e facilitavam; outros eram completamente inadequados e só atrapalhavam. Como medida reparadora, a Secretaria de Trânsito e Transporte da cidade fechou alguns desses retornos: o que ficava em frente ao Banco Bradesco e Igreja São Judas Tadeu; o próximo da loja Citylar (antiga Gabryella) e do Colégio Batista; e o que ficava em frente à rua de acesso à Escola Lírio do Vale (Jordoa). Pouco depois, fecharam o que estava em frente ao Colégio Master. Por último, colocaram blocos para impedir a passagem de veículos nos retornos localizados próximo ao Sest Senat (Jordoa) e ao Convento das Irmãs São José (Filipinho). Com isso, o número de retornos ainda possíveis caiu para sete, o que de certa forma deu fluidez ao trânsito na avenida.
E onde está a complicação nisso? Primeiro, as intervenções foram iniciadas de forma provisória para, só depois, serem definitivas. Foi o caso do que aconteceu em três pontos, onde blocos foram colocados e depois a passagem foi completamente fechada com a junção das duas pontas do meio-fio.
Retorno no Filipinho completamente fechado

Retorno fechado em frente ao Bradesco do João Paulo
Esse tipo de intervenção não tem como questionar. O retorno já não existe mais e, quem quiser, tem procurar onde passar. Só que nos outros três pontos fechados, os blocos foram colocados e nunca mais retirados. Não houve nem trabalho concreto com concreto para mostrar que, ali, está terminantemente proibida a passagem de veículos. Resultado: quase todos os dias, os blocos de cimento são afastados, para que os motoristas e motociclistas possam passar com seus veículos. O perigo nisso tudo está no fato de que muitos deles afastam os blocos e deixam os mesmos no meio da pista, como é possível perceber nas imagens.
Retorno no Filipinho em frente ao Convento São José

Os blocos foram retirados e completamente espalhados na via

Motociclistas usa retorno interditado

Blocos de cimento invadem a pista de rolamento

Passagem é possível até mesmo para carros
A cena se repete no Apeadouro, nas proximidades da Vila Militar, entre a rotatória de São Marçal e a Igreja de São Vicente. Lá, os blocos também foram afastados e o perigo emana de todas as formas.


Retorno no Apeadouro também foi fechado com blocos

Veículos passam no retorno que havia sido fechado

Bloco de cimento está jogado no meio da pista
Por algumas vezes, escapei de colidir com essas estruturas no meio da pista. E outros motoristas também. Até onde sei, não houve nenhum acidente... AINDA. Mas até quando as pessoas que passam por ali vão correr o risco de acidentes por conta da impaciência de alguns da inércia do poder público?

Retorno na Jordoa próximo ao Sest Senat

Blocos também foram afastados no local

Motociclista retorna de forma irregular no João Paulo
nas proximidades do Batista

Nenhum comentário:

Postar um comentário