quarta-feira, 12 de março de 2014

Moradores de favelas não querem deixar as comunidades

Segundo pesquisa, lá eles têm quase de tudo, menos os serviços básicos que deveriam ser comuns

Uma pesquisa feita com 63 favelas de 10 estados do Brasil revelou que a maioria dos moradores não quer deixar a comunidade. Segundo o Instituto Data Popular, que ouviu duas mil pessoas, 65% dos favelados se dizem de classe média, o que comprova os sinais de prosperidade de um mercado consumidor que movimenta R$ 63 bilhões ao ano.
O problema? Ele está do lado de fora. A falta de infraestrutura e condições nas ruas não adentram as casas das comunidades. Casas bem equipadas, eletrodomésticos novinhos, cômodos pequenos, mas modernos, com tudo o que uma família tem direito. As crianças jogam futebol em campos "batidos", mas com estádio da Copa de cenário. Tem até "barraco" com piscina no alto do morro. Afinal de contas, é melhor e mais seguro se divertir em casa, do que sair às ruas. Estas são palavras de um morador da comunidade de Paraisópolis, em São Paulo.
Mas e a cidadania? Onde estão os direitos desse povo? As família brasileiras ainda precisam de muita assistência: água potável, luz, saúde eficiente, transporte decente, educação de primeiro mundo! Tudo o que eles têm por lá, funciona “no gato”, desde a água, até a energia. São os próprios moradores que fazem tudo isso. Mas a penúria e a escassez ficam do portão para fora. Para o lado de dentro é muito claro o contraste entre a ausência do Estado e a presença forte das pessoas.

A solução está na educação

Por tudo isso, o próximo grande desafio para os brasileiros é o da cidadania, em que cada cidadão será respeitado, independentemente de sexo, raça, credo ou status social, e terá as mesmas oportunidades e um mínimo de equidade nas condições iniciais, como uma boa educação básica.
“Não se trata de falta de recursos, pois nossos governos ficam com 36,5% do PIB em impostos. Estamos diante de um problema de gestão e de comprometimento com a população. Afinal, há dinheiro para pagar R$ 248 bilhões somente em juros, comprar uma nova frota de jatos supersônicos suecos; licitar a construção de um trem-bala de R$ 40 bilhões e subsidiar grandes empresas - no estilo Eike Batista. É uma verdadeira Bolsa Empresário, cujo valor equivale a mais de dez vezes o Bolsa Família”, diz Judas Tadeu Grassi Mendes, diretor presidente da Estação Business School.
Mendes também é professor do Gestão Brasil, um programa de gestão pública online pensado e concebido para oferecer aos servidores públicos uma formação diferenciada, de excelência para vir a contribuir efetivamente para que o setor público no futuro fique com uma menor parcela do PIB brasileiro e mesmo assim preste melhores serviços públicos, em especial para as populações mais carentes e que tanto necessitam das ações governamentais.
O Programa foi lançado pela EBS – Estação Business School, em parceria com a Fundação Instituto Fernando Henrique Cardoso (iFHC), eleita uma das três mais importantes Think Tanks do Brasil.

fonte: www.gestaobrasil.com

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