Segundo pesquisa, lá eles têm quase de tudo, menos os serviços básicos que deveriam ser comuns
Uma pesquisa feita com 63 favelas de 10 estados do Brasil
revelou que a maioria dos moradores não quer deixar a
comunidade. Segundo o Instituto Data Popular, que ouviu duas
mil pessoas, 65% dos favelados se dizem de classe
média, o que comprova os sinais de prosperidade de um
mercado consumidor que movimenta R$ 63 bilhões ao
ano.
O problema? Ele está do lado de fora. A falta de
infraestrutura e condições nas ruas não
adentram as casas das comunidades. Casas bem equipadas,
eletrodomésticos novinhos, cômodos pequenos,
mas modernos, com tudo o que uma família tem direito.
As crianças jogam futebol em campos "batidos", mas
com estádio da Copa de cenário. Tem até
"barraco" com piscina no alto do morro. Afinal de contas,
é melhor e mais seguro se divertir em casa, do que
sair às ruas. Estas são palavras de um morador
da comunidade de Paraisópolis, em São
Paulo.
Mas e a cidadania? Onde estão os direitos desse
povo? As família brasileiras ainda precisam de muita
assistência: água potável, luz,
saúde eficiente, transporte decente,
educação de primeiro mundo! Tudo o que eles
têm por lá, funciona “no gato”,
desde a água, até a energia. São os
próprios moradores que fazem tudo isso. Mas a
penúria e a escassez ficam do portão para
fora. Para o lado de dentro é muito claro o contraste
entre a ausência do Estado e a presença forte
das pessoas.
A solução está na
educação
Por tudo isso, o próximo grande desafio para os
brasileiros é o da cidadania, em que cada
cidadão será respeitado, independentemente de
sexo, raça, credo ou status social, e terá as
mesmas oportunidades e um mínimo de equidade nas
condições iniciais, como uma boa
educação básica.
“Não se trata de falta de recursos, pois
nossos governos ficam com 36,5% do PIB em impostos. Estamos
diante de um problema de gestão e de comprometimento
com a população. Afinal, há dinheiro
para pagar R$ 248 bilhões somente em juros, comprar
uma nova frota de jatos supersônicos suecos; licitar a
construção de um trem-bala de R$ 40
bilhões e subsidiar grandes empresas - no estilo Eike
Batista. É uma verdadeira Bolsa Empresário,
cujo valor equivale a mais de dez vezes o Bolsa
Família”, diz Judas Tadeu Grassi Mendes,
diretor presidente da Estação Business
School.
Mendes também é professor do Gestão
Brasil, um programa de gestão pública online
pensado e concebido para oferecer aos servidores
públicos uma formação diferenciada, de
excelência para vir a contribuir efetivamente para que
o setor público no futuro fique com uma menor parcela
do PIB brasileiro e mesmo assim preste melhores
serviços públicos, em especial para as
populações mais carentes e que tanto
necessitam das ações governamentais.
O Programa foi lançado pela EBS –
Estação Business School, em parceria com a
Fundação Instituto Fernando Henrique Cardoso
(iFHC), eleita uma das três mais importantes Think
Tanks do Brasil.
fonte: www.gestaobrasil.com
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