terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Radialista desabafa violência sofrida durante assalto



Na noite passada, uma amiga foi assaltada. Pessoa pacata, que não agride ninguém e nem tem o dom de sair falando asneiras, ela desabafou sobre o ocorrido. Decidi reproduzir e sem comentar:

Olá amigos! Fazia muito tempo que eu não aparecia por aqui. Eu gostaria de ter retornado em outras circunstâncias, mas infelizmente não foi possível. O motivo do meu retorno se deve a duas situações: a primeira é para informar que eu estou sem aparelho celular porque tive os meus pertences roubados no início da noite desta segunda-feira (11) quando eu acabava de sair de mais um dia de trabalho; a segunda é para desabafar a minha tristeza, raiva e, principalmente, revolta por ter sido mais uma vítima desta falta de segurança pública no meu Maranhão. Eu admito que pensei bastante se deveria ou não relatar o ocorrido, mas diante da imensa violência que eu sofri achei conveniente escrever o que eu estou pensando a respeito do assunto.
Antes de qualquer coisa eu gostaria de esclarecer que não estou aqui como uma comunicóloga e nem como uma pessoa que deseja manipular o pensamento alheio sobre o meu caso. Eu estou aqui para desabafar como uma cidadã de bem e como pagadora dos meus tributos. Acredito que eu tenho o pleno direito de cobrar sim o que há meses a gestão do atual governo do Maranhão não faz, que é proteger quem está fora das grades.
Isso mesmo! No meu Maranhão não existe nenhuma segurança como é falsamente discursado pelo atual governador, Flávio Dino, e pelo o seu secretário, Jefferson Portela. O meu Maranhão atualmente é cheio é de roubos, de furtos, de homicídios, de estupros. O meu Maranhão é cheio de violência. Violência na qual eu convivo diariamente durante as matérias policiais que eu apuro e noticio. Violência que eu sempre tento me esquivar, mas que hoje fui obrigada a aceitar quando fui vítima de uma ação criminosa com "direito" a soco no estômago e ponta de faca direcionada para a minha barriga. Sem falar na violência psicológica que, o meliante conseguiu deixar e que, com certeza, levará meses para eu esquecer.
Baseada nessa triste realidade que hoje eu questiono os poderosos que fingem nos proteger: até quando seremos reféns de nosso próprio medo? Até quando seremos obrigados a assistir passivamente a perda de nossos bens materiais conquistados com o suor do nosso corpo? Até quando vai durar o nosso receio de morrer baleado, esfaqueado ou linchado brutalmente em uma rua qualquer? Será que nós merecemos viver no meio desse imenso descaso? Já está passando da hora de tomarmos uma atitude em conjunto. É preciso cobrar as melhorias no Maranhão que dizem "ser da gente" para que no futuro não possamos virar coadjuvantes de nossas vidas.

Márcia Carlile - radialista

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