segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Quem recebe o apoio de Flávio Dino?

Passado todo alvoroço das eleições e a consequente escolha popular por Flávio Dino (PCdoB), o comunista se vê diante de uma encruzilhada a qual não poderá fugir: definir quem apoiará no segundo turno da briga presidencial.
É bom lembrar que Flávio Dino tinha como dar suporte e palanque a três candidatos no primeiro turno: Dilma Rousseff (PT), Aécio Neves (PSDB) e Marina Silva (PSB). Por força das intenções de voto, foram os três favoritos, que confirmaram os fatos ocupando as três primeiras posições. Porém, Marina saiu da disputa; ficam a presidente Dilma e o senador Aécio.
O envolvimento de Flávio com os dois é simples. Flávio foi presidente da Embratur no governo Dilma, tem amizade pessoal com a presidente e uma dívida particular. Se não fosse o convite para ir para a Embratur, Dino teria ficado sem utilidade funcional, sem função pública. Deve a presidente. Mas também deve a Aécio. Inegavelmente, o PSDB tem sua força no Maranhão e é responsável por boa parte dos votos recebidos por Dino. Não é à toa que chegou a ser sondado pelos pemedebistas da coligação de Lobão Filho. O PSDB vendeu caro a sua participação. Fez um burburinho para ter a vaga de Senado, através de João Castelo, mas acabou derrubando o PDT e ficando com a vaga de vice-governador com o deputado federal Carlos Brandão. Mas, volto a dizer, Dino é que deve ao PSDB nesse caso, porque os tucanos têm votos.
Então, o que deve fazer Flávio Dino: ficar com a amiga Dilma ou fechar com o homem que decidiu que o PSDB era com o PCdoB? Dessa decisão, ele não tem mais como se esquivar. O que mais tem é tempo para batalhar pelo seu candidato preferido.
Se dicas servirem ao novo governador, melhor ele se isentar e deixar o povo decidir por conta própria. Sei que petistas e pessedebistas devem se chatear com isso. Mas, melhor ficar no muro, que pular para um lado e criar problema do outro.

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