quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Dialogar para vencer: a receita de Flávio Dino

Costumou-se dizer que para vencer uma eleição, o candidato deve ir aonde o povo está. Basta a justiça eleitoral dá o sinal para que isso seja feito. Não foi o que fez o candidato Flávio Dino (PcdoB). Antes mesmo da campanha, ele já perambulava o estado todo, conversando com as pessoas em um projeto que ele denominou “Diálogos pelo Maranhão”. Este foi o fator primordial, que deu até certa tranquilidade na hora de fazer a campanha.
Flávio Dino vinha de derrota em 2010 para Roseana Sarney (PMDB) e abdicou de disputar a prefeitura de São Luís por um sonho maior: o Governo do Estado. Todos que entendem de política sabem que estava bem claro que o comunista não abriria mão de concorrer ao principal cargo do Maranhão. Para isso, ele andou muito. De acordo com pessoas próximas a ele, Dino visitou todos os 217 municípios maranhenses. Dialogou com forças políticas, conversou com populares, falou sobre sua visão de Estado. A importância disso tudo refletiu nas urnas.
E vale frisar algo mais. Dino voltou a andar o Maranhão todo durante o processo eleitoral, mas menos tempo e mais velocidade. O trabalho maior já tinha sido feito em quase quatro anos de Diálogos. O trabalho maior durante o período de campanha foi para a coordenação e a assessoria jurídica. A estratégia era simples: neutralizar as possíveis armadilhas a serem armadas pela principal coligação rival. Factóides poderiam surgir; ameaças de ligações perigosas plantadas poderiam emergir; histórias mal-criadas e bem disseminadas poderiam levar Dino a derrota.
A estratégia foi muito bem elaborada e executada. Com tempo, sem atropelos. Deu até mesmo para Dino se preparar psiciologicamente às provocações políticas e não reagir de forma intempestivas. Conseguiu-se neutralizar as ameaças maldosas e executar as propostas de fato.
O reconhecimento veio de todas as formas e o resultado se fazendo ao longo do tempo. A troca de lado de muitos políticos e a vitória nas urnas foi a tampa do caixão.

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