quarta-feira, 2 de março de 2016

Primeira Liga apresenta propostas para moralização do futebol brasileiro

Primeira Liga apresenta dez propostas com vistas à moralização da CBF e do futebol brasileiro
Reunidos nesta terça-feira (01), os 15 clubes filiados à Primeira Liga apresentaram 10 propostas para reforma da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Representantes do Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, Minas Gerais e Rio de Janeiro apresentaram a proposta para a criação de uma Liga Nacional para gestão das séries A e B do Brasileirão já em 2017.
Os clubes propõe ainda uma série de mudanças na CBF. A mudança no sistema de eleição para a presidência da entidade, uma auditoria nos negócios da Confederação que apure as suspeitas de corrupção, proibição da acumulação de cargos dos membros da CBF, a criação de um conselho de ética independente, entre outros. 
A formação da liga surgiu em 2015, quando clubes de Minas Gerais e dos estados do sul do país buscaram a recriação da Copa Sul Minas, realizada entre os anos de 2000 e 2002. Descontentes com a federação carioca, Flamengo e Fluminense aderiram a proposta no final do ano. Em janeiro, os clubes enfrentaram a CBF para realizar a competição, que depois acabou sendo autorizado pela Confederação. Além dos cariocas, são associados à Liga o América Mineiro, Atlético Mineiro, Cruzeiro, Internacional, Grêmio, Atlético Paranaense, Coritiba, Paraná Clube, Avaí, Chapecoense, Criciúma, Figueirense e Joinville.
Confira as 10 propostas divulgadas pelos clubes:
  • Sistema eleitoral. Candidatos à presidente necessitariam do apoio de 5 entidades, entre clubes e federações, para inscrição no processo eleitoral.
  • Transparência. Contratação imediata de uma empresa de auditoria (big four) para análise de todos os negócios e contratos da CBF a fim de apurar as suspeitas de corrupção.
  • Proibição de cumulação de cargos. Impossibilidade de detentores de mandato eletivo e ocupantes de cargos na administração pública, federações e clubes de participarem da Presidência e Diretoria da CBF.
  • Apoio ao futebol. Venda imediata do avião da CBF e destinação dos recursos arrecadados a um fundo de desenvolvimento do futebol.
  • Política salarial. Proibição quanto a fixação do salário de presidente pelo próprio presidente, definição da remuneração por empresa independente e publicação de salário da presidência e diretoria.
  • Legalidade. Reconhecimento do direito dos clubes da série A e B de participarem da assembleia administrativa da CBF, segundo o disposto na Lei 13.155
  • Ética. Criação de um conselho de ética formando por pessoas independentes e reconhecidas nacionalmente por suas posturas profissionais, com ampla liberdade de investigação.
  • Liga. Reconhecimento do direito dos clubes criarem a liga nacional para a gestão das duas principais séries do futebol brasileiro a partir de 2017.
  • Gestão. Definição de critérios rigorosos de ética na análise da elegibilidade de concorrentes a cargos eletivos e da admissibilidade no provimento dos cargos executivos e técnicos.
  • Compras e patrocínios. Adoção de manual de procedimentos para a compra de produtos ou serviços, bem como para a negociação de patrocínios, que estimulem a competição e a transparência.
  • (Agência Brasil)

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