Reunidos nesta terça-feira (01), os 15 clubes filiados à Primeira
Liga apresentaram 10 propostas para reforma da Confederação Brasileira
de Futebol (CBF). Representantes do Rio Grande do Sul, Paraná, Santa
Catarina, Minas Gerais e Rio de Janeiro apresentaram a proposta para a
criação de uma Liga Nacional para gestão das séries A e B do Brasileirão
já em 2017.
Os clubes propõe ainda uma série de mudanças na CBF. A mudança no
sistema de eleição para a presidência da entidade, uma auditoria nos
negócios da Confederação que apure as suspeitas de corrupção, proibição
da acumulação de cargos dos membros da CBF, a criação de um conselho de
ética independente, entre outros.
A formação da liga surgiu em 2015, quando clubes de Minas Gerais e
dos estados do sul do país buscaram a recriação da Copa Sul Minas,
realizada entre os anos de 2000 e 2002. Descontentes com a federação
carioca, Flamengo e Fluminense aderiram a proposta no final do ano. Em
janeiro, os clubes enfrentaram a CBF para realizar a competição, que
depois acabou sendo autorizado pela Confederação. Além dos cariocas, são
associados à Liga o América Mineiro, Atlético Mineiro, Cruzeiro,
Internacional, Grêmio, Atlético Paranaense, Coritiba, Paraná Clube,
Avaí, Chapecoense, Criciúma, Figueirense e Joinville.
Confira as 10 propostas divulgadas pelos clubes:
- Sistema eleitoral. Candidatos à presidente necessitariam do apoio de 5 entidades, entre clubes e federações, para inscrição no processo eleitoral.
- Transparência. Contratação imediata de uma empresa de auditoria (big four) para análise de todos os negócios e contratos da CBF a fim de apurar as suspeitas de corrupção.
- Proibição de cumulação de cargos. Impossibilidade de detentores de mandato eletivo e ocupantes de cargos na administração pública, federações e clubes de participarem da Presidência e Diretoria da CBF.
- Apoio ao futebol. Venda imediata do avião da CBF e destinação dos recursos arrecadados a um fundo de desenvolvimento do futebol.
- Política salarial. Proibição quanto a fixação do salário de presidente pelo próprio presidente, definição da remuneração por empresa independente e publicação de salário da presidência e diretoria.
- Legalidade. Reconhecimento do direito dos clubes da série A e B de participarem da assembleia administrativa da CBF, segundo o disposto na Lei 13.155
- Ética. Criação de um conselho de ética formando por pessoas independentes e reconhecidas nacionalmente por suas posturas profissionais, com ampla liberdade de investigação.
- Liga. Reconhecimento do direito dos clubes criarem a liga nacional para a gestão das duas principais séries do futebol brasileiro a partir de 2017.
- Gestão. Definição de critérios rigorosos de ética na análise da elegibilidade de concorrentes a cargos eletivos e da admissibilidade no provimento dos cargos executivos e técnicos.
- Compras e patrocínios. Adoção de manual de procedimentos para a compra de produtos ou serviços, bem como para a negociação de patrocínios, que estimulem a competição e a transparência.
- (Agência Brasil)
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