terça-feira, 3 de março de 2015

Infecção urinária merece atenção e tratamento adequado

Urinar em pouca quantidade várias vezes ao dia e com ardor pode indicar infecção urinária, que atinge principalmente a bexiga (cistite) – quando uma bactéria, na maior parte dos casos a Escherichia coli, consegue multiplicar-se no local devido à falha na defesa do organismo. Apesar de o microorganismo ser benéfico no intestino, ao chegar à bexiga pode ser nocivo e causar muitas complicações.
Por ser a mais comum em pessoas com uretra menor, as mulheres representam um alto índice de casos: cerca de 80% dos diagnósticos. Segundo o dr. Manoel Girão, membro da Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo (SOGESP), a maior incidência está entre aquelas que iniciaram a vida sexual e após a menopausa.
“O primeiro caso ocorre, pois um dos fatores que facilitam a contaminação é o ato sexual, embora não seja uma doença sexualmente transmissível e contagiosa de uma pessoa para outra. Em relação à pós-menopausa, neste período há uma redução importante dos níveis de estrogênio, deixando o trato urinário mais vulnerável”, comenta.
O ginecologista explica que, durante o ato sexual, o descolamento da bactéria até a bexiga é favorecido pela dinâmica da relação, assim como qualquer ato que impulsiona em direção ao órgão. “Por isso, é indicado, após o ato sexual, urinar como um meio de lavar a bexiga”. Além dessa, outras recomendações incluem: beber bastante líquido – prevenindo cerca de 70% dos quadros – não retardar a micção e tratar com brevidade infecções genitais.
Como a bexiga está inflamada, não consegue armazenar o volume normal de urina. Por essa razão, aumenta o número de micções, porém estas são, em geral, com quantidade reduzida de urina. Além disso, sangramento, ardência e dores abdominais são reclamações frequentes dos pacientes. Cerca de um terço das mulheres que manifestaram infecção urinária apresentarão episódios recorrentes, cerca de três ou mais vezes durante um ano. Entretanto, segundo dr. Girão, não significa que ela está acometida pelas formas mais graves da doença, mas, sim, que tem maior predisposição ao seu desenvolvimento.
A cistite pode ser diagnosticada pela condição clínica apresentada pela paciente. O exame de urina permite a confirmação e a identificação da bactéria. Seu tratamento é simples, com uso de antibióticos de dose única ou por três dias. “Para aquelas que apresentam cistite recorrente ou complicada, recomendamos terapêutica prolongada e com doses menores”, informa o especialista. É essencial a ingestão correta da medicação, de acordo com a prescrição, para combater a infecção por completo e impedir a proliferação.

Pielonefrite
 
Não tratar adequadamente ou a falta de medicamento pode levar a pielonefrite – quando a bactéria atinge o rim, em um processo inflamatório e infeccioso. Consequentemente, a região lombar fica sensível e dolorida. Além dos sintomas já citados, essa complicação traz, ainda, febre, calafrios, náuseas, vômitos, cansaço excessivo e desanimo.
Seu tratamento tem o objetivo de eliminar a infecção renal e as complicações que podem perpetuar ou impedir sua melhora, como, por exemplo, cálculos, obstruções e refluxo vésico-ureteral.
“Apesar de parecer simples, a infecção urinária requer cuidado adequado. É imprescindível, também, evitar qualquer fator que possa agravar o quadro. Em caso de sintomas, procure um médico para intervenção imediata”, conclui o dr. Manoel Girão.

fonte: Acontece Comunicação e Notícias

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